E já cansada da solidão, Louíse se prepara rumo a tal sonhada felicidade. Com a convicção de que apartir daí as coisas melhorariam e que enfim depois de tanto sofrimento e desilusão, ficaria em paz, começou os preparativos para a grande viagem. Colocou um vestido verde, que realçava com exata perfeição as belissimas curvas do seu corpo, soltou os cabelos ruivos , passou um batom que delininhava seus labios e os contrastes exaltavam seus olhos azuis. Ela se olhou no espelho e sorriu, mas sorriu como não sorria a anos, com toda certeza estava linda e feliz como nunca. Foi até a cozinha e ao pegar um copo com vinho começou à relembrar o que lhe havia acontecido: "as imagens do assassinato de sua mãe lhe vinham com perfeita nitidez, ouvia os gritos, via o sangue e o seu pai com a faca na mão; em fração de segundos ela se via em baixo do mesmo... nua!" Descompô-se em lágrimas. Pegou um frasco que continha um liquido sem cor, sentou-se em uma cadeira, tremula, ansiosa para que todo aquele pesadelo terminasse, para que a solidão deixasse de ser sua fiel companheira, pingou seis gotas no copo, tapou suas íris azuis com as palpebras e em um unico suspiro degustou a morte. Em poucos minutos Louíse parara de chorar, parara de tremer, ficara sem oxigênio, ficara sem cor como o liquido que bebera, ficara sem vida. Assim desfez-se de toda sua beleza, rompendo o ciclo da natureza para abandonar a tristeza e viver meio a escuridão. Infelizmente a bela se enganara, pois a sua solidão e sofrimento não chegava aos pés do tormento que acabara de procurar.
"Nada é tão ruim que não possa piorar".
"Nada é tão ruim que não possa piorar".
E nada é tão pior que render-se sem lutar.
ResponderExcluir"Sobreviver, Louíse!"
Esse é mistério da vida...
Oi, Biia :)
Passando ;)
BjO!